Febre amarela, saiba tudo sobre o surto da Febre Amarela no Brasil

Febre amarela: causa, sintomas, tratamentos


febre amarela


O que é Febre Amarela?


A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um vírus e transmitida por 


mosquitos. 

A infecção pode ser categorizada de duas formas: 

>> Febre Amarela Urbana: quando é transmitida pelo Aedes aegypti

>> Febre Amarela Silvestre: quando transmitida pelo Haemagogus e Sabethe.

A doença é considerada aguda e hemorrágica e recebe este nome, pois causa amarelidão 


do corpo icterícia e hemorragia em diversos graus. O vírus é tropical e mais comum na 

América do Sul e na África. Apesar de ser considerado um vírus perigoso, a maioria das 

pessoas não apresentam sintoma e evoluem para a cura.

A febre amarela pertence à classificação das arboviroses, , tendo várias diferenças entre 


a dengue e ao Zika vírus, apesar de pertencerem à família dos Flavivírus.

Casos de Febre Amarela 2017

Em janeiro de 2017, o estado de Minas Gerais começou a investigar 23 casos suspeitos de 


febre amarela. Além disso, suspeita-se que 14 óbitos podem estar relacionados à doença.

No estado de São Paulo algumas cidades também estão em alerta para a febre amarela, 


como Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, devido tanto à morte de macacos, que 

costumam pressagiar esse tipo de surto, quanto a mais dois óbitos suspeitos de estarem 

ligados à doença. Um dos casos fatais foi confirmado, mas acredita-se que esteja ligado 

à transmissão silvestre da doença. O Ministério da Saúde já admite como um surto no 

Brasil.

O último surto de febre amarela no Brasil ocorreu entre 2008 e 2009, quando 51 casos 


foram confirmados.

O que causa a Febre Amarela?

A febre amarela costuma ser transmitida por mosquitos, principalmente o Aedes aegypti 


(em áreas urbanas) e o Haemagogus (em áreas rurais). O mosquito é infectado ao picar 

uma pessoa ou animais com a doença e então desenvolve a doença e passa a transmiti-la 

para quem ele picar.

Existem dois ciclos da febre amarela:


Febre amarela silvestre: em que mosquitos destas regiões se infectam picando 


primatas com a doença e podem transmitir a um humano que visite este habitat

Febre amarela urbana: em que um humano infectado anteriormente pela febre 

amarela silvestre a transmite para mosquitos urbanos, como o Aedes aegypti, que a 

espalham.

É importante alertar que em ambos os casos a doença é a mesma, a diferenciação do 


ciclo de transmissão apenas ajuda nas estratégias para evitar a disseminação da febre 

amarela.

A pessoa permanece em estado de viremia, ou seja, capaz de transmitir o vírus para 


mosquitos, por até 7 dias após ter sido picada.

Normalmente o vírus causa sintomas em pessoas que nunca tiveram a doença ou que 


nunca tomaram a vacina.

Não há relatos de transmissão de febre amarela direta entre pessoas.

Fatores de risco

Pessoas que nunca entraram em contato com a febre amarela ou nunca se vacinaram 


contra ela correm o risco de contrair a doença ao viajarem para locais em que a doença 

é ativa, mesmo que não haja casos recentes reportados nestas regiões.

O risco é maior para as pessoas com mais de 60 anos de idade e qualquer pessoa com


imunodeficiência grave devido a HIV/AIDS.

Sintomas da Febre Amarela:

Muitas pessoas que contraem a febre amarela não apresentam sintomas, e quando os 


apresentam, os mais comuns são:

>> Febre
>> Dores musculares em todo o corpo, principalmente nas costas
>> Dor de cabeça
>> Perda de apetite
>> Náuseas e vômito
>> Olhos, face ou língua avermelhada
 >> Fotofobia ( 
sensibilidade à luz, visão sensível à luz, olhos sensíveis à luz)
>> Fadiga e fraqueza.

Os sintomas nesta fase aguda da doença costumam durar entre três e quatro dias e 


passam sozinhos.

No entanto, uma pequena porcentagem de pessoas pode desenvolver sintomas mais 


graves cerca de 24 horas após a recuperação dos sintomas mais simples. Nesta fase 

chamada de tóxica, o vírus pode atingir diversos órgãos e sistemas, mas principalmente o 

fígado e rins. 

Os sintomas dessa fase são:

>> Retorno da febre alta
>> Icterícia (presença de cor amarela) devido ao dano que o vírus causa no fígado
>> Urina escura
>> Dores abdominais
>> Sangramentos na boca, nariz, olhos ou estômago.

Em casos mais graves o paciente pode apresentar delírios, convulsões e até entrar em 


coma.

Dependendo do dano causado no organismo, esta fase da febre amarela pode levar a 


morte no intervalo entre sete e dez dias. Por isso, pessoas que são diagnosticadas com 

febre amarela devem estar atentas ao aparecimento dos sintomas iniciais e observar se 

os sintomas mais graves se manifestarem, para busca de ajuda médica.

Os sintomas da febre amarela podem ser confundidos com malária, leptospirose, 


hepatite viral e dengue hemorrágica.

Diagnóstico e exames:

Pessoas que manifestam sintomas de febre amarela, sejam simples ou mais graves, 


devem buscar ajuda médica imediata. Esta ajuda serve não apenas para tratamento e 

observação dos sintomas mais graves, mas também para a vigilância desta doença.

Além disso, se você não vive em uma região endêmica para febre amarela, mas pretende 


viajar para uma, é importante buscar um médico para tomar a vacina.

Especialistas que podem diagnosticar uma febre amarela são:


>> Clínico geral
>> Infectologista.

Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. 


Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram, histórico médico, 

incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele 

tome com regularidade

Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.

Diagnóstico de Febre amarela:

O diagnóstico da febre amarela é feito com base nos sintomas, histórico médico e de 

exposição a mosquitos possivelmente infectados.

Caso o médico suspeite de febre amarela, existe um exame de sangue que pode detectar 


a presença do vírus ou de anticorpos que indiquem sua infecção anterior.

Tratamento de Febre amarela:


Não existe medicamento para combater o vírus da febre amarela. O tratamento é apenas 


sintomático e requer cuidados na assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve 

permanecer em repouso com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando 

indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido numa Unidade de Terapia 

Intensiva.

Não existem tratamentos médicos específicos contra o vírus da febre amarela. 


Normalmente o tratamento visa a melhora dos sintomas e em casos mais graves é 

realizado o atendimento em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reposição do 

sangue perdido nas hemorragias, diálise para os rins afetados e controle geral das 

complicações.

Devido ao risco da doença se desenvolver de forma hemorrágica, é importante evitar o 


uso de aspirina.

Convivendo/ Prognóstico:

Pessoas diagnosticadas com a forma mais simples da febre amarela devem manter 


cuidados básicos como:

>> Repouso
>> Reposição de líquidos, principalmente recorrendo ao soro caseiro em casos de vômitos
>> Uso correto dos medicamentos indicados.

Além disso, é importante que estas pessoas não fiquem expostas à mosquitos, ou podem 


infectá-los com a doença.

Pessoas que tiveram febre amarela uma vez estão imunizadas contra a doença.

Como prevenir a febre amarela?

A vacinação é considerada pela Organização Mundial da Saúde a forma mais importante 


de prevenir a febre amarela. Tanto que é a vacinação frequente que impede que a 

doença de espalhe mesmo em áreas endêmicas. É preciso que ao menos 80% da 

população seja imunizada contra um vírus para prevenir a doença nestas regiões.

Veja a seguir como deve ser a vacinação em áreas endêmicas:


>> De 6 meses a 9 meses de idade incompletos: a vacina está indicada somente em 


situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem 

inadiável para área de risco de contrair a doença

De 9 meses até 4 anos 11 meses e 29 dias de idade: é indicado uma dose aos 9 meses de 

idade e uma dose de reforço aos 4 anos de idade
A partir dos 5 anos de idade: se a pessoa já recebeu uma vacina, pode-se dar mais uma 

dose. Se ela nunca foi vacinada, é preciso dar uma dose inicial e outra de reforço 10 

anos depois.

No caso de pessoas com mais de 60 anos que nunca foram vacinadas, o médico deve levar 


em conta os riscos da vacinação, que incluem o risco de eventos adversos nessa faixa 

etária ou decorrentes de comorbidades. 

Gestantes e lactantes são contraindicadas a tomar esta vacina, assim como pessoas 

imunossuprimidas.

No caso de viajantes, o recomendado aqui no Brasil é realizar a vacinação 10 dias antes 


da viagem, no caso de primeira vacinação, já que os anticorpos protetores aparecem 

entre sete e dez dias após o contato com o vírus. De acordo com as Regulações de Saúde 

Internacionais, os países têm o direito de requerer de viajantes o certificado da 

vacinação contra a febre amarela.

Controle do Aedes aegypti:

A febre amarela urbana pode ser prevenida pela eliminação do mosquito transmissor, no 


caso, o Aedes aegypti.

As larvas do Aedes nascem e se criam em água parada. Por isso, evitar esses focos da 


reprodução desse vetor é a melhor forma de prevenir a dengue. 

Use repelente:

O uso de repelentes, principalmente em viagens ou em locais com muitos mosquitos, é 


um método importante para se proteger contra a dengue. Recomenda-se, porém, o uso 

de produtos industrializados. Os repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia, 

citronela e óleo de soja não possuem grau de repelência forte o suficiente para manter o 

mosquito longe por muito tempo. Além disso, a duração e a eficácia do produto são 

temporárias, sendo necessária diversas reaplicações ao longo do dia, o que muitas 

pessoas não costumam fazer.




Comentários

  1. Muito bom o artigo! Gratidão por compartilhar estas informações valiosas com todos nós! beijos

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Beijocas

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